A banda baiana TemplariuS fará amanhã (sábado, dia 31), no Café Teatro Sitorne (Rio Vermelho), às 19:00h, um show para homenagear um dos mais bem-sucedidos grupos do Heavy Metal nacional, o Angra. A apresentação, com duração aproximada de duas horas, percorrerá toda a discografia do quinteto paulistano em seus mais de 15 anos de carreira. Para tentar reproduzir fielmente toda a excelência instrumental do Angra, a TemplariuS contará com a participação do ex-guitarrista do Drearylands, Páris Menescal, e de músicos de outras bandas soterapolitanas, como a Andirá e a Dryad.
sexta-feira, 30 de maio de 2008
Tributo ao Angra
quarta-feira, 28 de maio de 2008
He Brings You Rock N' Roll
Ian “Lemmy” Kilmister, 62, já está há mais de três décadas à frente do Motörhead, uma das bandas mais barulhentas do mundo. Viciado em anfetaminas – daí o nome da banda que é, na verdade, uma gíria estadunidense para designar viciados em anfetaminas –, em Jack Daniel’s e em cigarros, Lemmy, ao contrário do que poderiam prever a lógica e a medicina, até hoje mantém a forma e paixão pela música, lançando, em média, quase que um álbum por ano e sendo reverenciado como uma verdadeira instituição do rock.
“Alguém disse para mim recentemente que eu devia me aposentar e deixar espaço livre para os mais jovens: Que se foda! Eu não tenho visto ninguém melhor do que eu, então porque devo parar? As pessoas acham que Rock N’ Roll é só sobre rebelião adolescente, mas por que não podem existir velhos rebeldes também?
----------------------------------------------------------------------------------
Abaixo, segue o vídeo, disponibilizado no site LemmyMovie, com trechos do documentário.
terça-feira, 27 de maio de 2008
Iron Maiden no Brasil - A matéria do Fantástico
O Iron Maiden esteve no Brasil no início de Março para fazer shows referentes à Somewhere Back in Time World Tour em São Paulo, Curitiba e Porto Alegre. Como a passagem do sexteto inglês - sexteto, viu Sérgio Martins? - causou bastante rebuliço - todos os shows foram sold out -, a grande mídia não poderia fazer de conta que o Heavy Metal não existe, como costuma fazer. Quer dizer, das grandes redes de televisão, só a Globo e a Record produziram reportagens sobre a passagem da banda. A sucursal da Record em Porto Alegre produziu uma matéria para exibição em um telejornal local. Já a Globo produziu duas, ambas de alcance nacional: uma veiculada no Jornal da Globo e a outra no Fantástico. Analisemos esta última, a cargo do jornalista Álvaro Pereira Júnior.
Primeiro, o vídeo:
Agora, o primeiro equívoco da matéria.
"O mundo do rock se divide em dois. Um deles gira a toda velocidade, novidades surgem a cada segundo, está em renovação constante. Mas o outro mundo do rock está parado e é nesse mundo em que nada muda que reina absoluta uma banda inglesa de metal pesado: Iron Maiden"
É assim que, de forma bastante infeliz, Álvaro Pereira Júnior - pupilo de Sérgio Martins? - começa a sua reportagem. Bem, dizer que o heavy metal é um gênero musical estático e imutável só revela o despreparo, o desconhecimento e, principalmente, a preguiça do jornalista. O Heavy Metal é, possivelmente, uma das vertentes do rock que mais evoluiu desde o seu surgimento. Prova disso são as suas inúmeras segmentações - doom metal, thrash metal, metal neoclássico, metal tradicional, metal melódico, metal progressivo etc - que, apesar de terem uma essência em comum, apresentam características próprias. Além disso, os músicos de Heavy Metal estão, sem dúvida alguma, entre os mais inquietos do mundo do rock. Grande parte deles está sempre se aperfeiçoando e buscando novas influências para a sua música. O rock pesado já se fundiu ao jazz, à world music, à música clássica, a ritmos regionais brasileiros, a ritmos indígenas, ao hardcore, ao punk, ao progressivo e outros. Ou seja, é justamente o contrário do que afirma Álvaro Pereira Júnior.
Para completar, o jornalista ainda confronta o Heavy metal com um outro mundo do rock - segundo a reportagem, esse seria o mundo dinâmico e inovador - formado por bandas como Arctic Monkeys, Oasis e The Libertines. Ora, quem já escutou o som praticado por esses grupos sabe que até hoje eles não conseguiram expandir seus horizontes musicais para além de um rock básico e direto. Essas bandas é que são mais do mesmo. São, em termos musicais, muito mais conservadoras e antiquadas do que a maioria - claro que há exceções, vide o Motörhead - das bandas de Heavy Metal.
Por último, o segundo equívoco que, na verdade, é uma repetição localizada do primeiro.
"Muitos músicos entraram e saíram, mas o som [do Iron Maiden] não mudou : 100% metal."
Não é possível que uma pessoa, em sã consciência e que tenha uma discoteca minimamente considerável, não seja capaz de perceber diferenças ululantes entre álbuns como Iron Maiden (1980) e A Matter of Life And Death (2006) ou entre Powerslave (1985) e The X-Factor (1995). É realmente mais fácil homogeneizar, generalizar, estereotipar do que analisar as diferentes fases pelas quais a banda passou. Requer menos esforço e facilita a compreensão da reportagem. Aliás, será que antes de falar que o som do Maiden permaneceu parado no tempo - uma baboseira colossal -, o jornalista se deu ao trabalho de ouvir pelo menos dois álbuns do sexteto inglês?
-------------------------------------------------------------------------------------------------
OBS: Há pouco tempo, a Globo transmitiu os shows do Rolling Stones, do U2 e do The Police quando essas bandas aqui estiveram. E por qual razão não transmitiu o show do Maiden em São Paulo se, como ficou comprovado ao final da matéria supracitada, filmou a apresentação?
sexta-feira, 23 de maio de 2008
Helloween - Keeper Of The Seven Keys 1
Sem conseguir obter êxito nos papéis de vocalista e guitarrista do Helloween, Kai Hansen passa a se dedicar apenas à segunda função. Para o posto de vocalista é recrutado o jovem – com apenas 18 anos na época – Michael Kiske, peça que se mostraria fundamental no processo de reconstrução da banda. É a partir daí que a abóbora alemã começa a alçar vôos mais altos rumo ao estrelato mundial. É com o Keeper of The Seven Keys Part I (1987) que o Helloween abandona o irregular Thrash Metal Melódico do primeiro CD - Walls of Jericho (1985) - e inicia o desenvolvimento do que mais tarde seria alcunhado de Heavy Metal Melódico.
Initiation é a breve introdução – quantas bandas de Metal Melódico começaram seus discos com introduções instrumentais? – que prepara o ouvinte para a sucessão de clássicos. A up-tempo I’m Alive abre o petardo com seu refrão deveras simples e contagiante e com os agradáveis solos melódicos, deixando claro que os alemães beberam bastante em fontes maidenianas, principalmente no que se refere à presença constante das twin guitars e dos vocais altos e cristalinos.
Segue-se A Little Time, a primeira contribuição de Kiske para a banda e a única nesse disco. Música bem direta, sem grandes variações e que tem na melodia vocal o seu diferencial criativo. Particularmente, prefiro a versão dessa canção no Live In The Uk (outro CD obrigatório), muito mais pesada e encorpada em termos guitarrísticos e sem os hiatos instrumentais da versão original.
Com Twilight of the Gods, começam a aparecer os ótimos riffs. Além deles, um dos grandes méritos dessa faixa é a soberba performance do tenor Michal Kiske, dono de um alcance altamente invejável e de uma tremenda facilidade em atingir notas altíssimas sem soar repetitivo, como acontece com muitos vocalistas (o James Labrie do Dream Theater em Images and Words, por exemplo) que acham que cantar em agudos o tempo inteiro é sinônimo de virtuosismo. Outro ponto bastante positivo dessa canção é a fantástica melodia vocal do bridge, que, além de ser bem melhor do que o cadenciado refrão, é a principal responsável pela excelência da música.
Como quase todo bom álbum de melódico que se preze, o primeiro Keeper também tem a sua belíssima balada. É A Tale That Wasn’t Right, cuja letra um tanto quanto depressiva e melancólica destoa do restante do álbum. Destaque mais uma vez para Kiske, que, como qualquer vocalista de alto nível, não apenas canta, mas também interpreta, conferindo maior densidade e dramaticidade à faixa. Sem pieguice, claro.
quarta-feira, 21 de maio de 2008
Cobertura do Show - André Matos
André Matos dispensa apresentações. Uma das maiores vozes do metal nacional e internacional, ele, agora em carreira solo, continua mostrando toda a versatilidade e a ousadia que o consagraram. Suas passagens pelo Viper, pelo Shaman e, principalmente, pelo Angra, elevaram o heavy metal nacional a novos patamares ao fundir o estilo com a música clássica e com ritmos regionais brasileiros. Foi esse artista multifacetado, inquieto e inovador que os headbangers soterapolitanos tiveram a oportunidade de conferir no domingo, dia 27 de Abril, na Concha Acústica.
O show, que estava marcado para começar às 17h, atrasou, e a primeira banda de abertura, a baiana Nomin, só entrou em cena por volta das 18h. O grupo, que faz um som mais calcado no hard rock com claras influências de Bon Jovi e Whitesnake, conquistou a platéia com um repertório empolgante que, entre outras canções, incluiu a bela balada Deep Inside My Heart do EP Secret Dreams e ótimos e eficientes covers da clássica Burn do Deep Purple, da dançante Jump do Van Halen e do hit Living on a prayer de Bon Jovi. Tecnicamente, a banda é bastante coesa, com claro destaque para os solos e bases precisos do guitarrista Hugo. Já o vocalista Lucas pecou por uma performance um tanto quanto exagerada e repleta de agudos desnecessários – cantar bem não é sinônimo de soltar agudos estridentes a cada segundo –, o que, no entanto, não chegou a comprometer a atuação do quinteto.
A outra banda baiana encarregada de abrir o evento, a novata Face on Fact, noves fora buracos e erros gritantes em alguns covers clássicos, fez uma apresentação correta, mas que demorou mais que o necessário, deixando a audiência, principalmente aqueles que desde o início da tarde já se aglomeravam em frente aos portões da Concha, bastante impaciente. O grupo toca um Thrash Metal genérico, com uma grande quantidade de solos e riffs saturados e previsíveis. Desta forma, o ponto alto da perfomance, como não poderia deixar de ser, foram os covers de Peace Sells do Megadeth, Creeping Death do Metallica, Sole Survivor do Helloween e Caught Somewhere in time do Iron Maiden. Esses dois últimos covers, em particular, foram executados com um peso além do recomendável para músicas cujas principais características são as melodias marcantes e cantáveis. Individualmente, quem se destacou positivamente foi o vocalista, que cantou os covers e as composições próprias da banda – Kill By the Butcher, Abduction e Black and White - com muita segurança, originalidade e competência.
Quando os ponteiros já se aproximavam das sete e meia da noite, eis que, enfim, o carro-chefe da noite entra em cena para delírio do ansioso e sedento público. André Matos (vocal e piano), Hugo Mariutti (guitarra), André Hernandes (guitarra), Eloy Casagrande (bateria), Luis Mariutti (baixo) e Fábio Ribeiro (teclado) já sobem ao palco com o jogo ganho, tamanha é a qualidade das músicas que seriam executadas em uma noite que se mostrou inesquecível.De cara, ouve-se a faixa introdutória de Time To Be Free, a bela Menuett – uma valsa de Strauss –, escolha perfeita para aumentar ainda mais a expectativa e a ansiedade da platéia que, a esta altura, já estava em estado contemplativo, absolutamente hipnotizada. Em seguida, vem a apoteótica e pujante Letting Go, o mais novo hino do metal melódico nacional. Arrisco a dizer que, em função da recepção calorosa dos fãs e das evidentes semelhanças com a fase Angels Cry do Angra, essa música se tornará presença obrigatória em todos os shows que André Matos fizer daqui para frente. Distant Thunder, música do primeiro álbum do Shaman, o ótimo Ritual, foi a próxima a ser executada e cantada em uníssono, aumentando ainda mais o êxtase dos presentes e deixando claro que, caso continuasse, o Shaman ainda poderia dar bons frutos ao heavy metal nacional.
Ao fim da terceira canção, André cumprimenta a platéia e diz que a presença dos headbangers ali seria uma prova de que, ao contrário do que é alardeado pela mídia, também há espaço para o rock e o metal em terras baianas. Contudo, depois que se soube que apenas cerca de 1200 pessoas compareceram ao show – um público vergonhoso se considerarmos o cacife da atração – ficou claramente demonstrado que o cenário metálico em Salvador ainda se encontra em fase de gestação.
Depois desse breve ínterim, em que André também teceu comentários a respeito de um vindouro DVD que conterá imagens da apresentação em Salvador, os fãs foram agraciados com a agressiva e pesada Rio, outra boa música de Time to Be Free. Here I Am, uma das melhores composições do Shaman, veio a seguir e teve seu contagiante refrão cantado a plenos pulmões. Mais uma breve pausa. Agora, André pede desculpas pelo atraso aos que estiveram presente na desorganizada e mal planejada sessão de autógrafos do dia anterior na Saraiva do Shopping Salvador. Mea culpa à parte, o show prossegue com a clássica e comovente Living for the Night, uma das canções de maior sucesso do Viper e cujo início foi cantado apenas pelo público, deixando André Matos um tanto quanto surpreso e emocionado. Em seguida, é a vez do primeiro solo da noite. André Hernandes, que se mostrou bastante simpático durante toda a apresentação, sempre agradecendo o público, fez um solo bastante técnico e curto, sem soar cansativo em nenhum momento, o que, no entanto, não muda a minha visão de que solos são quase sempre desnecessários e servem, antes de tudo, para massagear o ego dos músicos.A banda retorna ao palco para executar Crazy Me?, música do Virgo, projeto de André e Sascha Paeth, um dos produtores de Time to Be Free. Essa música teve uma recepção bastante fria por parte da platéia, que demonstrou não conhecê-la. Mas, inteligentemente, o grupo retoma o domínio sobre o público com a mais do que clássica Nothing To Say, música de abertura do Holy Land, álbum que o próprio André Matos considera como o melhor do Angra. Em sequência, a banda esfria os presentes com duas baladas: Fairy Tale – o maior sucesso comercial do Shaman – e a comovente Lisbon, cujo refrão foi cantado por toda Concha Acústica. Mais uma breve pausa e é hora do segundo solo da noite, agora do jovem baterista Eloy Casagrande. Ele, que com apenas 17 anos fez um show indefectível, apresentou um solo pouco inovador, bem parecido com aquele executado por Aquiles Priester no disco Live in São Paulo, do Angra. Falta de criatividade à parte, o garoto tocou seu instrumento com uma fúria e um punch bem destacáveis.
Depois de uma pequena pausa, o sexteto retorna tocando Wings of Reality, faixa que abre o disco Fireworks do Angra. Mais uma vez, a resposta do pequeno público foi mais do que satisfatória. How Long (Unleashed Away), música que só se salva pelo empolgante refrão, foi prejudicada pelas constantes falhas no microfone de André, cuja voz desapareceu por vários momentos. Para loucura dos fãs, sai dos altos falantes a orquestração de Unfinished Allegro, anunciando a obrigatória Carry On, que, desde o início, já era pedida pelos mais pentelhos e apressados. Nem é preciso dizer que essa foi a música que causou maior empolgação no público.
Para finalizar, Endeavour, a música que fecha Time to be Free, é tocada. Como todos já estavam cansados e como essa canção foi uma péssima escolha para terminar a apresentação, não houve tanta comoção.
Emocionante, sim, foi o que veio depois: todos os integrantes saíram aos poucos até ficar apenas André Matos no teclado. Bela sacada para concluir o show de um dos maiores vocalistas que o mundo já ouviu. Como diria o velho e sábio ditado popular: Quem sabe faz ao vivo. E Andre executou fielmente aquilo que gravou em estúdio. Sua voz estava lá como sempre intocável e inabalável.
De uma qualidade desconcertante.
domingo, 18 de maio de 2008
Blaze Bayley : o homem que nunca morrerá
As músicas de The Man Who Would Not Die são as seguintes:
01. The Man Who Would Not Die (ouça-a aqui)
02. Blackmailer
03. Smile Back At Death
04. While You Were Gone
05. Samurai
06. A Crack In The System
07. Robot
08. At The End Of The Day
09. Waiting For My Life To Begin
10. Voices From The Past
11. The Truth Is One
12. Serpent Hearted Men
-------------------------------------------------------------------------------------------------
Além do novo disco, Blaze confirmou também uma longa turnê pelo Brasil no segundo semestre para divulgar The Man Who Would Not Die e o DVD Live In Poland.
As doze datas seguem abaixo:
Data: 14/08 (quinta-feira) - Belo Horizonte/MG
Local: Ainda não definido.
Data: 15/08 (sexta-feira) - Palmas/TO
Local: Tendencies Music Bar
Data: 16/08 (sábado) - Belém/PA
Local: Metrópole City Hall
Data: 17/08 (domingo) - Manaus/AM
Local: Ainda não definido.
Data: 21/08 (quinta-feira) - Campinas/SP
Local: Hammer Rock Bar
Data: 22/08 (sexta-feira) - Curitiba/PR
Local: Curitiba Master Hall
Data: 23/08 (sábado) - Pomerode/SC
Local: Clube Pomerode
Data: 24/08 (domingo) - Londrina/PR
Local: Joy Club
Data: 28/08 (quinta-feira) - Recife/PE
Local: Ainda não definido.
Data: 29/08 (sexta-feira) - Fortaleza/CE
Local: Ainda não definido.
Data: 30/08 (sábado) - São Paulo/SP
Local: Manifesto Rock Bar
Data: 31/08 (domingo) - Rio de Janeiro/RJ
Local: Ainda não definido.
quinta-feira, 15 de maio de 2008
Entrevista - André Matos
Entrevista por Guilherme Vasconcelos e Giácomo Degani
Consagrado como uma das maiores vozes do metal nacional e internacional, André Matos, 36, dispensa grandes apresentações. Responsável por trazer influências clássicas e de ritmos regionais brasileiros ao Heavy Metal nacional, ele elevou o estilo a novos patamares desde a gravação do seu primeiro álbum com o VIPER em 1987, quando tinha apenas 15 anos. Desde então, teve passagens bastante destacadas pelo ANGRA - banda em que obteve maior sucesso - e pelo SHAMAN. Agora em carreira solo, André Matos está em turnê para divulgar Time To Be Free, o seu mais novo álbum. Aproveitando a presença do músico em Salvador, o Universo Heavy Metal e o Nascedouro Musical foram até o Shopping Salvador, no dia 26 de Abril, para fazer esta curta - foi o que deu para perguntar em 7 minutos -, mas valiosa entrevista.
UHM E NM: Como e qual foi o seu primeiro contato com a música e, mais especificamente, com o Heavy Metal?
Matos: Com a música foi quando eu comecei a estudar música ainda criança. Eu tinha dez anos. Comecei a estudar piano e gostei. Segui estudando e não demorou muito tempo para eu ter contato com o rock não. Com onze, doze anos, eu já comprei o meu primeiro disco de rock, que foi o Fair Warning do VAN HALEN, e já quis montar a primeira banda. Com treze, eu já fiz o primeiro show com o VIPER.
UHM E NM: Já era uma turnê realmente? Ou um show isolado?
Matos: Não. Naquela época era muito difícil uma banda de moleque fazer um show, então a gente conseguiu assim numa sorte, numa data, em um festival que tava tendo. E a partir daí começou... E foi um começo muito legal. Era muito cedo para todos nós. Eu tinha treze e os outros catorze ou quinze. Na verdade, era quase uma brincadeira. Em vez de montarmos um time de futebol, montamos uma banda.
UHM E NM: E houve algum tipo de resistência por parte da sua família quando você decidiu seguir a carreira artística?
Matos: Não, não. Pelo contrário, a minha família sempre me apoiou bastante, incentivaram. Sempre quando eu ia fazer show eles estavam presentes, assistindo. Disso eu não posso reclamar. O apoio de minha família sempre foi total.
UHM E NM: Quais são suas principais influências musicais e em quais vocalistas você mais se inspirou?
Matos: Bem... Música Clássica que é minha formação. Eu sou formado em Música Clássica [N.T.: Ele é Bacharel em Regência Orquestral e em Composição Musical, além de possuir habilitação em Canto Lírico e em Piano Erudito]. Mas, fora isso, eu gosto muito de bandas como QUEEN, por exemplo. Para falar de bandas mais pesadas, talvez, a gente pode começar a mencionar o DEEP PURPLE, pode mencionar o IRON MAIDEN, o JUDAS PRIEST. Houve vocalistas que desde cedo influenciaram bastante na minha formação. Eu citaria o Rob Halford (JUDAS PRIEST), Freddie Mercury (QUEEN), Bruce Dickinson (IRON MAIDEN), Ian Gillan (DEEP PURPLE), o Dio (BLACK SABBATH, RAINBOW), o Ozzy, o Geoff Tate (QUEENSRYCHE), o Eric Adams do MANOWAR que eu gosto muito...
UHM E NM: Qual a sua opinião sobre o público Headbanger? Você acha que ele é ainda muito conservador? Por exemplo, o “Holy Land” [N.T.: Álbum do ANGRA de 1996 do qual André Matos participou] sofreu muita resistência por conta de fusões com ritmos regionais brasileiros.
Matos: Isso está mudando. Na época do Holy Land, que já tem mais de dez anos, a gente enfrentou uma grande resistência por tentar fazer uma coisa diferente. Curiosamente, hoje, o Holy Land é considerado por muitos, inclusive por mim, o melhor CD do ANGRA. Então eu acho que...
Entrevista é interrompida por uma garotinha de aparentemente três ou quatro anos que veio pedir autógrafo para o vocalista.
(Risos nossos e do vocalista)
Matos: Então eu acho que isso que também fez o SEPULTURA com o Roots [N.T.: Álbum lançado em 1996 e que também foi um tanto quanto incompreendido em razão da fusão do Heavy Metal com ritmos tribais, utilizando instrumentos como berimbau e tambores] provocou um choque na época, mas foi mudando um pouco a cabeça do pessoal. Hoje, eles são mais abertos. Convenhamos, até em função da internet e da globalização existe acesso a um número infinitamente maior de informações. Isso foi abrindo a cabeça das pessoas. Hoje, eles são, vamos dizer assim, menos pragmáticos em relação a isso. Mas, naturalmente, você tem que respeitar os limites do estilo. Não dá também para fazer qualquer coisa. É uma liberdade dentro daquilo que eu me propus até hoje.
UHM E NM: E a Internet? Como você vê essa nova ferramenta?
Matos: A Internet é, realmente, a mídia do futuro, do presente já e do futuro. É uma mídia muito atraente. Eu acho que pode ser um bom meio de divulgação. Na verdade, ela tem seu lado bom e seu lado ruim. O lado bom é que ela fornece uma boa divulgação a custo baixo, e o lado ruim é que ela incentiva a não-venda de CDs e a pirataria e essa coisa toda. Hoje em dia, a gente está vendo quais são as conseqüências disso, vendo que não é só uma brincadeira. Mas, no geral, acredito que haja muito mais aspectos bons do que ruins, pois é graças à Internet que se tem uma democratização muito maior na música, principalmente no que se refere a bandas iniciantes.
UHM E NM: Você ainda compra CD?
Matos: Eu não baixo nenhuma música. Eu não tenho nenhum programa de baixar música. Eu sou um cara mais tradicionalista nesse sentido. Eu nasci em uma geração que ainda tinha esse costume. Mas com as gerações mais novas eu já não sei como vai ser.
UHM E NM: Você, em recente entrevista ao site Metal Clube, disse que o VIPER prosperou em uma época em que nada era fácil no Brasil. E hoje, é mais fácil para uma banda de metal se inserir na indústria musical e obter reconhecimento?
Matos: De fato, não dá para comparar com a época do VIPER [N.T: Início dos anos 90]. Era muito difícil e muito raro, principalmente, em termos de Brasil. Mas já nas épocas do SHAMAN e do ANGRA houve uma melhora no mercado para este tipo de música. Eu acho que isso é uma coisa que sempre tem altos e baixos. O importante é a gente saber que o nosso estilo tem um público underground, um público fiel e é o que sempre sustenta as bandas. Eu não digo financeiramente, mas, sim, em termos de suporte e apoio. É isso que a gente tem, sempre, que prestar atenção e respeitar muito, independente do mercado estar mais aquecido ou menos aquecido para esse tipo de música.
Nova interrupção. Agora, a assessora de imprensa diz que só poderemos fazer mais uma pergunta por conta de compromissos do cantor. Nossa insistência em fazer mais duas ou três perguntas não surge efeito. A assessora se mostra irredutível.
UHM E NM: Para terminar. Quais novas bandas de metal você tem ouvido e quais delas você destacaria?
Matos: Olha, as bandas que eu gosto de Heavy Metal não são tão novas assim. Eu ouço muita coisa velha, discos antigos. Eu acho que tem certas coisas que são imbatíveis e atemporais. Das coisas mais recentes que apareceram, eu acho que os mais originais, que talvez nem sejam tão recentes, mas que fazem música mais atual, mais original é o RAMMSTEIN e o PARADISE LOST. Nada a ver com o que eu faço, mas eu tenho muito respeito por essas duas bandas.
quarta-feira, 14 de maio de 2008
Judas Priest - Painkiller
Sem dúvida, um dos cinco melhores CDs da década de 90.
Uma década dominada pela artificialidade musical, pelo caráter mercadológico e descartável da música mainstream e pela fácil manipulação exercida pelo "MTV way of life" sobre uma geração de jovens rebeldes sem causa. Com todos esses fatores e com a febre Grunge sendo capitaneada mais por mídia e gravadoras do que pela qualidade das bandas de Seattle - com exceção do Alice in Chains, a melhor e mais injustiçada banda daquele movimento -, formava-se então um cenário propício para o esquecimento do Heavy Metal, uma vertente do Rock ‘n’ Roll que, historicamente, foi marginalizada pela grande mídia e, conseqüentemente, pelo grande público. Mas, eis que contra toda essa desfavorável atmosfera, o Judas Priest, a banda que melhor encarna o espírito Metal (seja na indumentária, seja na música) e que na década de 80 passou por momentos de apatia com um ridículo flerte com o comercialismo barato para conquistar o mercado estadunidense, lança um álbum antológico e demonstra aos headbangers que estes ainda teriam inúmeros torcicolos.
O clássico álbum atende pelo nome de Painkiller, um guerreiro fictício criado pela imaginária mente de Rob Halford (provavelmene viciado em analgésicos), cujo objetivo principal é desembarcar na Terra para salvar a humanidade de suas mazelas através do Heavy Metal. É nesse campo, ou seja, no campo lírico, que reside o único ponto fraco do álbum, já que predomina a abordagem de temas supérfluos. A música, como qualquer outro tipo de arte, deve ser analisada sob dois aspectos. O primeiro diz respeito ao conteúdo da arte, àquilo que ela procura transmitir, sua ideologia. O segundo ponto é tratar a arte como sendo uma pura e simples diversão, um meio de relaxamento e de evasão de idéias sem qualquer importância apenas para se desligar do atribulado cotidiano. Ao considerar tais aspectos, esse álbum e toda a discografia do Judas deixa muito a desejar no primeiro quesito, já que retrata majoritariamente assuntos irrelevantes. Por outro lado, é um prato cheio para aqueles que encaram a arte como diversão ou ainda para aqueles que a consideram uma mescla de senso crítico com frivolidades, como é o caso desse que vos fala.
Antes de partir diretamente para a análise musical do CD, há de se ressaltar a belíssima arte gráfica criada por Mark Wilkinson, que explicita basicamente o conceito que gira em torno do guerreiro Painkiller. Logo ao apertar o play do aparelho de som, o ouvinte rapidamente se surpreende com a rapidez, com o peso e com a maestria da bateria de Scott Travis, que introduz a clássica faixa-título, sem dúvida alguma a melhor música de Heavy Metal dos anos 90.
Há também os vocais ensandecidos e de extremo alcance de Rob Halford, as furiosas e melódicas guitarras, com pesados riffs e com solos milimetricamente calculados, o que é uma constante no álbum e o que denuncia o virtuosismo de uma das mais entrosadas duplas de guitarristas do Metal: Glen Tipton e K.K. Downing. O tímido e correto baixo de Ian Hill também sobressai em uma produção extremamente limpa (como é de praxe nos grandes clássicos do estilo) comandada por Chris Tsangarides. Outras músicas que se destacam são: Hell Patrol (que mistura o peso da bateria com uma cativante melodia vocal), Leather Rebel e Metal Meltdown (com todas as características já mencionadas) e a dramática Touch of Evil, que conta com uma performance soberba de Rob Halford, deixando claro o porquê da Rainha do Metal ser um dos vocalistas mais respeitados da história do rock.
Por fim, faz-se necessário lembrar que foi na turnê do Painkiller que os pioneiros do Heavy Metal moderno visitaram o Brasil no segundo Rock In Rio. Foi nesse álbum também que o Judas reuniu sua formação mais talentosa e foi com ele ainda que a banda voltou a ser respeitada como um dos principais grupos do estilo, evidenciando que não é difícil fazer esse tipo de música. Basta apenas que se tenha um vocalista com uma voz potente e um ar de teatralidade, uma dupla de bons guitarristas, um competente e pesado baixista e um criativo baterista. Acha complicado? Ouça Painkiller e comprove como os Deuses do Metal fazem tudo isso fácil, fácil.
Nota: 10
domingo, 11 de maio de 2008
Megadeth confirma shows no Brasil
O site oficial do Megadeth confirmou, há poucos dias, as datas das apresentações que a banda fará no Brasil como parte da Gigantour 2008, que divulga o mais novo disco da banda, o polêmico United Abominations. O grupo volta ao Brasil depois de três anos.
Seguem as datas abaixo.
03/06 - Goiania, Brazil - Jao-Av. Quitandinha
05/06 - Curitiba, Brazil - Helooch
06/06 - Sao Paulo, Brazil - Credicard Hall
07/06 - Rio de Janeiro, Brazil - Citibank Hall
08/06 - Belo Horizonte, Brazil - Chevrolet Hall
15/06 - Manaus, Brazil - Arena Amadeu Teixeira
OBS: Os ingressos para o show de Curitiba já estão à venda. Para mais informações, ligar para (41) 3013-3374.
quinta-feira, 8 de maio de 2008
Nevermore - O nascimento, as características, a obra-prima e algumas curiosidades.
O som de algumas bandas exige um certo recolhimento, uma certa fisiologia e uma certa discoteca. Isto é, não é possível escutá-las distraidamente, em qualquer posição, sem um rico repertório musical e encará-las somente como mais uma simples diversão. Exigem, sobretudo, dedicação exclusiva e um comprometimento prévio do ouvinte, sob a pena de não se compreender completamente a proposta musical exposta e de se fazer interpretações erradas e incompletas porque precipitadas.
CURIOSIDADES
Desde o lançamento do seu primeiro full length em 95 pela Century Media, uma das maiores gravadoras de rock pesado do mundo, o grupo obteve reconhecimento do público e recebeu críticas positivas da mídia especializada. Entretanto, esse relativo sucesso não foi suficiente para garantir a independência financeira dos músicos, que só recentemente, depois de 13 anos de carreira, passaram a viver exclusivamente da música.
Antes, precisavam de um ganha-pão para se sustentar. O vocalista e líder Warrel Dane e o baixista Jim Sheppard atuavam como chefes de cozinha. O guitarrista Jeff Loomis trabalhava no mesmo restaurante que os dois companheiros e também acabou aprendendo a cozinhar. O baterista Van Williams, por sua vez, era designer gráfico da multinacional japonesa Nintendo em Seattle.
terça-feira, 6 de maio de 2008
O Heavy Metal em frases
A frase "Tattoed Millionaire" é uma referência aos caras que enchem o rabo de grana, se entopem de drogas e se esquecem da música. Pessoalmente não tenho nada contra milionários nem contra tatuados, pois trabalho com três caras que são tatuados até o pescoço (Steve Harris, Nicko MacBrain e Dave Murray), mas eu jamais faria uma, nem daquelas removíveis. - Bruce Dickinson, IRON MAIDEN
Sobre estar em uma banda com um poder persistente: “Somos muito diferentes e também existimos fora do que você poderia chamar de mainstream da musica pop. Existimos também fora do que você poderia chamar de mainstream do que é metal. IRON MAIDEN é uma banda criada das ruas, e as pessoas coçam a cabeça e não entendem porque pouquíssimas bandas são criadas nas ruas hoje em dia. A maioria das bandas são criadas pela "Industrial Light andMagic" [NT:empresa de efeitos especiais] em estúdios. Até mesmo os músicos, reconhecem que se quiserem viver nesses dias e nessa era, tem que moldar o que fazem, tem que ter um corte de cabelo certo, vestir as roupas certas, todas essas coisas. O MAIDEN é fantástico porque não damos a mínima pra isso.“BRUCE DICKINSON, IRON MAIDEN
Nós somos melhores que eles. Somos músicos superiores aos do Metallica. Dessa forma, eles podem TENTAR entrar no camarim depois de um show do Iron Maiden, se eles quiserem. - Bruce Dickinson
O Sabbath foi uma reação contra aquela merda toda de paz, amor e felicidade. Era só olhar em volta e ver que bosta de mundo a gente vivia. - Ozzy Osbourne, Black Sabbath, 1970
Não achava legal cantar sobre paz quando eu vivia numa bosta de cidade (Birmingham), poluída e violenta, onde todo mundo ganhava mal e passava as noites enchendo a cara. Nossa música refletia nossa raiva. Depois que misturamos temas de bruxaria e satanismo, o som da banda mudou para uma coisa totalmente nova, que foi chamada de Heavy Metal. - OZZY OSBOURNE
Eu frequentei um psiquiatra por algum tempo. Ele fazia jogos com minha mente. Ele perguntava coisas como você se masturba? E eu perguntava você respira? - Ozzy Osbourne, Black Sabbath, 1975
Enquanto houver garotos chateados o heavy metal continuará existindo. -OZZY OSBOURNE
Um monte de garotos não consegue se expressar por si mesmo, desta forma, mas lendo nossas letras eles pensam, porra, eu não sou o único esquisito por aí, outro cara pensa como eu, ou sei lá, e isso relaxa o botãozinho dentro do seu cérebro. Então você não fica tão nervoso. A vida não é tão ruim assim. Pelo menos na maior parte do tempo. - James Hetfield, METALLICA
Adoro música. Me sinto feliz ouvindo boas canções. Se estou na merda, ponho Tom Waits, BobMarley ou alguma coisa assim, e funciona como mágica. Nada se compara com o que você sente quando ouve música que te agrada. É um fenômeno único. - Jason Newsted, ex-baixista do METALLICA
Metal Edge: Quando você assumiu que era homossexual e nos anos depois disso, você ouviu de fãs de metal que eram capazes de se assumir também?
Sobre seu amor pelo Rock e pelo Metal:
“É o que faz me sentir vivo. Realmente é isso. Metal é único apenas por causa da sua força, de seu volume. É uma agressão. É uma coisa espetacular para se ouvir, se ir ver ao vivo. Há uma coisa primordial sobre isso: Você observa o 'mosh' ele parece realmente violento mas não é. É apenas muito tribal”. ROB HALFORD, JUDAS PRIEST
“Se você não gosta de Metal, se você não o entende, você nunca entenderá. Você apenas não captará. É muito difícil converter alguém para o Metal se eles não entendem o que ele significa”.ROB HALFORD, JUDAS PRIEST
Eu já vi Deus quando tomei ácido e posso garantir: o cara é bem mais forte que eu. - Lemmy, Motörhead
O mundo das gravadoras é o mais podre que eu conheço. Um dia elas vão colidir e eu vou estar rindo. - Igor Cavalera, Sepultura
Nossos fãs gostam de nós porque não somos estrelas. Não somos pelo glamour como o Guns N Roses. Não agimos como deuses. Estamos nisso pela música, não por drogas, dinheiro ou mulheres. - Max Cavalera, Sepultura
Temos sido acusados de fazer o mesmo álbum uma dúzia de vezes. Mas isto é uma mentira suja.
A verdade é que fizemos o mesmo álbum 14 vezes. - Angus Young, AC/DC
Quando você toca um acorde, um monte de garotos no meio do público está tocando com você. - Angus Young, AC/DC
domingo, 4 de maio de 2008
Kiko Loureiro em Salvador
sábado, 3 de maio de 2008
Iron Maiden – Live After Death
Iron Maiden, a única música tocada em todos os shows da Donzela, não tem ao vivo a mesma pegada punk e crua evidenciada no primeiro registro da banda. Contudo, seu refrão ficou muito mais marcante com a inclusão dos backing vocals. Em suma, é um hino que mesmo depois de tanto tempo não perde sua magia e força.
A música derradeira dessa versão de Live After Death é a grandiosa Phantom of the Opera. Sua letra, baseada na história francesa homônima escrita por Gaston Leroux, versa acerca de um assassino deformado que esconde sua deficiência física por trás de uma máscara e que se apaixona por uma garota, sem, no entanto, ter seu amor correspondido por conta da sua aparência nada aprazível. Instrumentalmente falando, Phantom of the Opera é possivelmente a canção mais virtuosa de toda a carreira do Maiden. As bruscas transições rítmicas, o baixo impecável e as guitarras dobradas (ainda mais técnicas aqui devido à presença de Adrian Smith, que não gravou a versão original) ditam o andamento de mais um clássico.
-------------------------------------------------------------------------------------------------
Abaixo você confere o vídeo de Aces High do DVD Live After Death, recentemente lançado.