domingo, 30 de novembro de 2008

Dream Theater começa a trabalhar no sucessor de Systematic Chaos


O grupo norte-americano de Prog Metal Dream Theater já está trabalhando nas gravações de um novo álbum de estúdio, sucessor de Systematic Chaos. A informação foi divulgada pelo baterista Mike Portnoy em mensagem publicada no fórum do site oficial do músico.

“Bem, normalmente eu não divulgo nenhuma informação de estúdio por medo de especulação e análises (sim, tem um outro tópico no fórum com 21 páginas de pessoas falando sobre meu cabelo e o de JP [Jon Petrucci] baseado no diário do Jordan [Rudess]), mas eu precisava dividir essa emoção com todos vocês”, começa o baterista.

“Hoje eu terminei de gravar as partes de bateria para o novo álbum do Dream Theater! Como sempre, eu não direi sobre a descrição das músicas, títulos, duração, etc. Apenas comentarei o seguinte: Imaginem um trabalho do Dream Theater com as músicas ‘Change of Seasons’, ‘Octavarium’, ‘Learning To Live’, ‘Pull Me Under’ e ‘The Glass Prison’, tudo junto em apenas um álbum. Vocês vão aguentar? Animados? Tenho certeza que sim”.

O último disco com músicas inéditas lançadas pelo grupo chegou às lojas em 2007. Este ano eles lançaram o CD e DVD “Chaos in Motion”, gravado ao vivo.

Fonte: Rock Online

Como prometeu Bruce Dickinson, o Maiden volta ao Brasil


Agora é oficial. O Iron Maiden confirmou por meio de seu site cinco apresentações em solo brasileiro no próximo mês de março.

As datas e locais podem ser conferidos abaixo:

12/03/09 (quinta-feira) - MANAUS, Sambódromo
14/03/09 (sábado) - RIO DE JANEIRO, Apoteose
15/03/09 (domingo) - SAO PAULO, Autódromo de Interlagos
18/03/09 (quarta-feira) - RECIFE, Estádio Municipal
20/03/09 (sexta-feira) - BRASILIA, Brasilia Camping

Segundo o comunicado oficial: "Será a primeira vez que a banda se apresentará na bela cidade litorânea de Recife, na capital Brasília e em Manaus, cidade situada no coração da Floresta Amazônica, além de retornar ao Rio de Janeiro."

"Além disso, devido a enorme demanda por ingressos no último show feito em São Paulo, no começo do ano, com os 40 mil ingressos para o Estádio do Palmeiras se esgotando rapidamente, decidimos retornar à cidade, dessa vez num lugar muito maior, o famoso Autódromo de Interlagos, onde Lewis Hamilton sagrou-se campeão de Fórmula 1 no mês passado e onde o Kiss fez um grande concerto em 1999."

Fonte: Whiplash

Black Ice


Definir o som do AC/DC é tão simples quanto a sua música. Uma dupla entrosadíssima de guitarristas que despeja riffs em profusão. Um vocalista que mais parece um pato rouco e esganiçado, tamanha é a peculiaridade de seu timbre de voz. Uma cozinha precisa, direta e crua, que serve de sustentação às poderosas guitarras, a força motriz do grupo. Acrescente-se a isso letras festivas, divertidas, sacanas e irônicas. Pronto. Essa é a fórmula que o AC/DC vem seguindo desde o seu primeiro disco, o clássico High Voltage, de 1975.

De lá para cá, a banda lançou mais de uma dezena de discos, entre eles o fenomenal Back In Black - o segundo álbum mais vendido de todos os tempos – e o indispensável If You Want Blood You’ve Got It (um dos mais aclamados discos ao vivo da história), alcançou o estrelato mundial e atingiu um invejável patamar de respeitabilidade, comparável a bandas como Black Sabbath e Led Zeppelin. Tudo isso calcado na singela fórmula supracitada. O segredo de tamanha longevidade e sucesso? Black Ice (R$24,90), o novo disco da banda que melhor encarna o espírito rock n roll, esclarece.

Lançado há pouco menos de um mês, Black Ice é a prova de que é possível haver genialidade na simplicidade. Não que ele seja genial. É “apenas” um excelente CD do mais puro, bom e velho rock n’roll. O que é genial é a interminável capacidade que o AC/DC possui de, dentro da tão explorada linguagem (estilo) que eles próprios criaram, se reinventar, permanecer relevante e lançar um disco oitentista nos anos 2000 sem mostrar sinais de obsolescência. A essa capacidade dá-se o nome de criatividade. E criatividade é que o não falta em Black Ice.

É por isso que quem, depois dos oito anos de inatividade da banda – o último registro havia sido Stiff Upper Lip, de 2000 -, alimentava um certo ceticismo em relação ao novo CD dos australianos teve logo que mudar de idéia quando foram liberadas as primeiras músicas na internet. Rock N Roll Train, o single de Black Ice, é a síntese do AC/DC: simples e direta. Seu refrão, fortalecido pelo ótimo trabalho de backing vocals, agrada desde a primeira audição. War Machine, a melhor do CD, tem, sem dúvida, um dos mais poderosos riffs da carreira do quinteto. Anything Goes, principalmente em razão da pegajosa melodia vocal, é uma deliciosa balada de grande potencial radiofônico. Stormy May Day tem um trabalho excepcional de slide guitar e só não é a melhor das 15 faixas de Black Ice por causa de seu frustrante e apressado fim. Rocking All The Way, com suas guitarras cortantes e seu empolgante refrão, é uma aula do mais genuíno rock n’roll. A faixa-título, por sua vez, tem um riff tão frenético que é capaz de levantar o mais sonolento dos defuntos.

De negativo apenas a excessiva cadência de Money Made e a fria estrutura bluesística de Decibel. Essas duas músicas, descartáveis e genéricas, freiam o ímpeto juvenil do álbum e tiram um pouco de seu brilho e de seu dinamismo. Poderiam ter sido excluídas da track list final, sem qualquer prejuízo.

Certa vez, em resposta aos que criticam a imutabilidade musical do AC/DC, Angus Young, guitarrista e líder da banda australiana, com o sarcasmo que lhe é característico, declarou: “Temos sido acusados de fazer o mesmo álbum uma dúzia de vezes. Mas isto é uma mentira suja. A verdade é que fizemos o mesmo álbum 14 vezes.” Com Black Ice, Angus, Malcolm Young (guitarrista base e irmão de Angus), Cliff Williams (baixista), Brian Johnson (vocalista) e Phil Rudd (baterista), todos com idade acima dos 50 anos, entregam ao mundo o “mesmo” álbum pela décima sexta vez. Se é para o bem do rock n’ roll, quem se incomoda?